Alguém aqui chegou em busca de Saladino e de Sybilla, talvez porque viu, ontem, Kingdom of Heaven (Reino dos Céus), o filme que adoro e cujo dvd comprei. Passei a adorar Saladino (Ghassan Massoud) e Sybilla (Eva Green) - pelo talento, pela beleza misteriosa e pelas personagens que representam - sentindo profunda pena por ter sido Orlando Bloom o escolhido para o papel de herói neste filme... Fascina-me e tenho como uma das minhas imagens de eleição uma das cenas finais, quando Saladino retoma Jerusalém e, ao entrar no palácio interior então nas suas mãos, por entre cortinados ao vento, em sinal do abandono da capitulação, levanta do chão um crucifixo, símbolo que, a crer no óbvio, deveria ter pisado... Ergue-o e coloca-o sobre um móvel, em profundo sinal de respeito. Fiquei com a certeza de que assistia a um sinal dos tempos, senão mesmo de ecumenismo, naquele pós 11 de Setembro.
Já antes escrevi sobre este filme. Agora, vim ter aqui e fiquei a ver o episódio de abertura de nova série de animação sobre o grande Saladino. Recordo a também excelente série que vi na adolescência, falada em italiano e sobre Marco Polo que me ajudou a melhor entender o mundo que me cerca. Torna-se cada vez mais necessário divulgar a História, que, como ensino aos meus alunos - e parafraseando um slogan que a TSF tinha há uns anos e que considero brilhante "Uma Rádio para ler o mundo" -, nos leva a aprender a "ler o mundo". Por isso, abençoado seja quem ensina uma miudagem tão inculta a entender - mesmo que de forma lúdica e já que hoje o conceito de trabalho escolar choca tantos imprestáveis neste país - que a História é cíclica. Por isso, Kingdom of Heaven de Ridley Scott me é tão caro.
5 comentários:
Estive a dar uma volta pela net, para conhecer melhor este tema, e detive-me na Wikipedia que apresenta uma interessante Sinopse sobre o filme Kingdom of Heaven, objecto deste post, acusando o realizador, apesar do elogio que lhe faz, de "manipular factos e personagens históricos com a mais absoluta sem-cerimónia". Acho que vale a pena dar uma olhadela. http://pt.wikipedia.org/wiki/Kingdom_of_Heaven
Zé
Olá, Zé!
Agradeço a investigação que encetou e a atenção dada à manipulação que o realizador fez da História, mas encontrei um site onde há umas luzes sobre a grandeza de saladino como militar
(1)e como ser humano (2).
1.
«Both sides fought at the Battle of Arsur in September 1191. Richard won but he delayed his attack on Jerusalem as he knew that his army needed to rest. He spent the winter of 1191 to 1192 in Jaffa where his army regained its strength. Richard marched on Jerusalem in June 1192.
However, by now even Richard the Lionheart was suffering. He had a fever and appealed to his enemy Saladin to send him fresh water and fresh fruit. Saladin did just this - sending frozen snow to the Crusaders to be used as water and fresh fruit. Why would Saladin do this?
There are two reasons. First, Saladin was a strict Muslim. One of the main beliefs of Islam is that Muslims should help those in need. Secondly, Saladin could send his men into Richard's camp with the supplies and spy on what he had in terms of soldiers, equipment etc.»
2.
«Saladin and Richard the Lionheart are two names that tend to dominate the Crusades. Both have gone down in Medieval history as great military leaders though their impact was limited to the Third Crusade.
Saladin was a great Muslim leader. His real name was Salah al-Din Yusuf. He united and lead the Muslim world and in 1187, he recaptured Jerusalem for the Muslims after defeating the King of Jerusalem at the Battle of Hattin near the Lake of Galilee. When his soldiers entered the city of Jerusalem, they were not allowed to kill civilians, rob people or damage the city. The more successful Saladin was, the more he was seen by the Muslims as being their natural leader.»
http://www.historylearningsite.co.uk/Saladin.htm
Peço desculpa, mas o sistema ñ aceita as tags HTML, pelo q ñ posso destacar o + importante... Espero q ñ embirre c/ o inglês!
1 abraço!
:0)
I.
Adenda!!!
«Saladino», com maiúscula, pois claro, além da devida vénia...
(Estes erros irritantes devem-se ao mau funcionamento da rede, que me faz escrever vezes sem conta sempre q ñ faço copy/paste ou ñ guardo o que antes escrevi... Grrr! A tecnologia é acéfala...)
;0)
I.
Olá, Inês!
Tratou-se duma correcção de somenos importância. Alguns sacrifícios históricos, por parte das realizaçães, são usuais. O que não resta dúvida é que a vida bem documentada de Saladino revelando os seus feitos, lembrados e admirados até aos nossos dias pelos povos muçulmanos, mostra-nos não apenas um líder militar,mas também um excelente administrador dos seus domínios, devendo-se a ele, por exemplo, entre outras obras, a construção do Cairo. Resta-me desejo-lhe o maior êxito na nobre e árdua missão de continuar a ensinar a "ler o mundo" às crianças deste País.
Um abraço!
Zé
Estudando e analisando a história contada por lados opostos, percebemos a aproximação da verdade. Após pesquisar bastante concluí, como cristão, que Saladino, mesmo tendo sido muçulmano, foi mais cristão do que muitos Imperadores ditos cristãos. Salve Saladino. E que Deus perdoe os imperadores ditos cristãos, pois eles não sabiam o que faziam ao matar tantos inocentes em nome de Jesus. Quem sabe se tais imperadores se tornassem muçulmanos como Saladino, não teriam sido mais humanos em suas atitudes? Abraços. Cláudio, um cristão.
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