24.11.06

Chamaram?...

Oui, c'est moi... Assim respondia - com voz, talvez, menos maviosa do que a minha - Loulou, la belle fille française de la pub.
Dificuldades extremas na interrupção de acontecimentos vários afastaram-me da net. Por alguns dos melhores motivos, recuso-me a teclar. Sei, agora, de que mal tentaram que me padecessem a escrita, o brilho pessoal, a força quase grotesca dos dias felizes: descobri na DN magazine que a isso chamam mobbing...Alguém tocado pelo brilho alheio tudo faz para provocar de forma maliciosa e sofismática pequenas feridas rapidamente volvidas tumores-de-alma-endógenos. Alguém que, padecendo do maior mal do país, tudo faz para envenenar os dias que dizemos gloriosos. Tudo com base em destruição de imagem, numa espiral de violência que, se formos frágeis, nos deixa ao ponto da asfixia, trazendo-nos aos dias o que sempre coroou os seus: amargura. É o sentimento-i. "I" pequeno, do qual sempre evitei falar. Agora, aos 37 reconheço que sempre tive colegas assim: algumas mulheres supostamente "boa-gente", um ou outro homem que, à falta de luz própria, trataram de afastar o sol de quem pudesse fazer-lhes sombra. Tentaram fazer-me vítima de mobbing. Aprendi. Assim lhe chamam os entendidos. Tudo passa pelo despeito.
Há, contudo, focos de luz. Há quem sempre tenha lido sem vampirizar e tenha o gracioso gesto de procurar textos de há muito. A dois desses leitores especiais - à maioria pedi um fim nos mails, deixei de manter contactos por mais simpáticas que me fossem tais almas e fundo fosse o sorriso que me suscitavam as nossas missivas de já-amigos (que saudades dos jantares tertulianos futuros a que nunca fui por preservação de privacidade - havia toupeiras infiltradas a mando! -, mas ah, que vontade!) - retribuo a simpatia e pasmo pelo que ainda vão lendo de antigo no blog... Sim, aqui, no meu blog-berço, no que amo e sou.
E depois, e depois, e depois... Eu... escrevi aquilo? E isto? E aqueloutro? E ah, incrível, aquela sou mesmo eu! Há ali textos... Totais.
Então, apercebo-me de como sou, realmente, feliz em tudo. Tudo o que faço; a dimensão do que amo; o golpe de vista sobre o que existe e, sobretudo, o que está aqui e não é visível. AFINAL, NÃO MUDEI ASSIM TANTO. ESTA MESMA MULHER NO FAROL DE SEMPRE MERECIA SER AMADA COMO SABE QUE É. NO MEIO DE TUDO O MAIS, HÁ DIAS PERFEITOS (HOJE, ESTE FOI-O). O DE AMANHÃ - DIA D! - SUPLANTARÁ TUDO. PORQUE SIM. PORQUE ESTOU VIVA. PORQUE SOU SEMPRE BEM RECEBIDA, CONSIDERADA, ENVOLTA EM SORRISOS AFÁVEIS, AGRACIADA POR ALMAS GENTIS E MUITAS QUE GENTILIZO EU. E MEREÇO-OS? DEFINITIVAMENTE... SIM!!! MEU DEUS, SE EU SOU FELIZ...
Se não for mais nada, comprova-o o tímido, glabro, cintilante sorriso-de-olhos-risonhos captado por um homem oriental que, há muitos, muitos anos, me amou como eu sei que mereço ser amada e que eternizo, em tributo, no quase-superior direito deste blog, junto DO Simply Red.
E raios me partam se não sou muito amada!
[E sim, claro que Deus existe! ;0) ]
Who could ask for anything more?
;0)
Beijos, beijos, beijos,
em amálgamas
de menta-azul
metileno, ciano, marselha, pervinca & miosótis!
(Olá, AzulCobalto!)

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