5.6.06

Oh, Oxigenadas da Terra!...

Ouvi(de)-me, mulheres sem virtude / loiras feitas-à-pressa / bacalhaus secos sem colinas/ olhos-de-peixe-cozido /aleivosas sem mistério / encantadas por semi-deusas-pop / mãozinhas enclavinhadas / mesquinhas-de-dura-mater / gente sem alma dentro /ressumando dos ressaibos / as medidas dos corpos das outras / lançando a piadinha, ala-arriba com o ego / correndo nos bastidores / intrigando, alcoviteiras para aparecer no pasquim / deslizando nas avenidas aos tombos e semi-nuas /patéticos camafeus / bodes velhos da usura / luxuriantes apenas os trapos dependurados / a originalidade espezinhais sem argúcia / causam embaraços as vossas vozes galináceas / gritais, oh, meretrizes / perdeste(i)s a graça natural / penduricalho aqui, tatuagem acolá, mai'los os piercings do desespero / ondulação de gatas-em-série do sapato-plataforma / que óbvias sois, sucubus...
Olhai(de), vede esta fêmea do Oriente: como sussurra qual criança, como arrebata com um subir de sobrancelha, um movimento de nádega, um esgar de piscadela, uma ondulação de ombro ou anca! A sensualidade mora nas Arábias, oh, seguidoras da putrefacta Hollywood. Desligai(de) o som piroso, a música standardizada e vede, vede, ó shakirescas criaturas do kickboxing e da luta-livre-em-palco & no leito, como se move uma deusa.
Aprendei, ó produtos de drogaria barata, como seduz uma femina, como basta a natureza, como a aplaudem os mecinhos, em coreografias muito longe das dos gorilas. Vede como dança ela, uma deusa quase ao nível da Belissima Bellucci!!!
[A falta de mistério da mulher-objecto torna fútil qualquer jogo de sedução. A oferta a mais não tende ao enjoo?... Mulheres-idiotárias.]
;0)
[Gosto de poesias assaz bonitas. Assim, por exemplo. Pronto(s). Pois-pois pois-pois pois. Então é assim. Pois. ]

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