2.3.06

2 kindzaluv' / (Amor: 2 formas de...)

I
De um (amor) a outro amor


Com arranjos mais modernos, seria de novo um hit, sure thing! Balanço funky, a sensualidade dos tons de pele-chocolate, a mestria nos agudos como nos graves, Anita Baker, virtuosíssima voz negra, canta com todos os músculos, ri, dança com meneios de foxy lady num invejável corpo de diva. Acima do ritmo, a voz que diz que ama porque sim. De um amor a outro, Just Because. Num dia absolutamente perfeito, reconheço, por aproximações lentas, que amar é tudo e tão-somente isso. O amor (é o) que electriza. Porque sim.
I love you just because
I love you just because
Just because you're you...




II

De (um) filho a (um) pai

Sei que onde quer que estejas, estás com ele. Hoje, homem da voz aveludada, voltaste a fazer-me sorrir da tua tão crónica como luminosa ternura. Choro por não ter a coragem de abraçar como tu o fizeste, aquele a quem chamo pai. És uma das minha provas de que Deus existe. Onde estiveres, estás com o teu pai e o Outro, o Pai acima de todos os milhões na Terra. O teu legado permanece vivo. Aprendo contigo a exprimir o que de mais divino trago dentro. Porque nos ensinam ridículos pudores em relação ao que de mais profundo existe em nós? Hoje, só hoje, abraçar em pensamento todos os que amamos: os que estão, os que se preparam, os que partiram. Obrigada, onde quer que estejas: amo-te, Luther Vandross! Em nome da ternura dos laços que o sangue transforma em nó górdio, reaprendo contigo. Com Dance with my Father. O amor (é o) que pacifica. Há outra forma?...

Beijos amoráveis

1 comentário:

Il Dissoluto Punito disse...

Oh Inês,

Quanta ternura e QUANTA PAZ!!!

ps não querendo ser indiscreto... a rapariga do último post era sua amiga? Tão nova, caramba...