6.1.09

Sim, claro que sim... Viva! Ainda estou, pois, mas... havendo tanto a dizer sobre tanto, vou escrevendo. Para as gavetas, claro, como sempre soubeste que faço, mas já há formas, personagens que me interpelam se as deixo com destino por traçar muito tempo, muitos dias, muitas horas, muita estrada a galgar. Invocam-me assim, saídas do nada, esquizofrénicas e polvosas. Refaço-as, alinho-as, aprumo, afino, moldo, assassino, cego, amo, sensualizo, destruo, ensanguento, liberto como pluma ou esporo no ar das semanas e depois esmago, abandono, beijo sem pressa, envertizo e angulizo como esquinas de fórmica rasgam pele, deito gotas de penso líquido e embalsamo, esventro, devoro, afago e reconto baixinho ... Reciclar por reciclar, enfim, haverá sempre o verso das folhas já preenchidas.
Adeus, mundo cruel; olá, planeta em escaras, caminho de nova cura a cada inspiração! Debaixo da pele, há carne viva, ainda! Bebo um trago em nome de um dia que fiz perfeito: este! E, rindo de tudo, je le prends au sérieux. Surplombé(e), dirait Quignard...
A propósito, já te mandei um beijo hoje? Toma-o: é teu! Bom ano. Todos os dias!
:)

1 comentário:

Aprendiz disse...

Nada como um bom rum... e isso passa! :D
Ainda de ressaca das festas?

Bom ano!