«(...) Que nunca tirará alheia enveja
O bem que outrem merece e o Céu deseja.»
(Canto I, estrofe 39, vv. 7,8)
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«(...) Porque sempre por via irá direita
Quem do oportuno tempo se aproveita.»
(Canto I, estrofe 76, vv. 7,8)
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«(...) A gente nos batéis se concertava
Como se fosse o engano já sabido;
Mas pôde suspeitar-se facilmente,
Que o coração pressago nunca mente.»
(Canto I, estrofe 84, vv. 5-8)
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«(...) Não sofre muito a gente generosa
Andar-lhe os cães os dentes amostrando; (...)»
(Canto I, estrofe 87, vv. 5, 6)
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«(...) Oh grandes e gravíssimo perigos,
Oh caminho da vida nunca certo,
Que aonde a gente põe sua esperança
Tenha a vida tão pouca segurança!»
(Canto I, estrofe 105, vv. 5-8)
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Tenha a vida tão pouca segurança!»
(Canto I, estrofe 105, vv. 5-8)
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«No mar tanta tormenta e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida!
Na terra tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme e não se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?»
(Canto I, estrofe 106, vv. 1-8)
1 comentário:
I.A., magnífico e oportuno excerto: Outra coisa não se esperaria, vindo de si. Mas, Pessoa? Reli ontem, em jeito de homenagem ao seu génio e à nossa língua e voltei a maravilhar-me, até a comover-me, diria, ao passar os olhos pelo Livro do Desassossego, páginas 357/358.
Ab.
Zé
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