22.7.06

Negociar vidas

Não sendo inocente quanto ao desprezo total da indústria farmacêutica pelas vidas dos cidadãos (ver O Fiel Jardineiro, com Ralph Fiennes), não posso deixar de chocar-me... Em simples pesquisa na net sobre os medicamentos maxilase e neurobion receitados a um familiar (pareceu-me apenas para entreter mais um doente que voltou a casa aterrorizado: há efeitos sobre a sua qualidade de vida, há sintomas que se arrastam devagar no seu corpo), li todo este artigo, que nada tem a ver com os medicamentos referidos, mas... mas... Mas.
Odioso, este engordar dos laboratórios à custa de medicamentos "oferecidos" ao chamado Terceiro Mundo, quando nos E.U.A. e na Alemanha há "mistelas" definitivamente rejeitadas há mais de vinte anos - chamam-lhes complexos (podem ser mais de vinte os componentes e a Alemanha considera absurda a mistura de mais de 3 substâncias)... Contudo, podem sempre engordar-se os cofres à custa de cadáveres, sejam eles de adultos ou infantis.
Ler aquilo que pode acontecer-nos, a nós e às nossas crianças, leva-me a perceber porque se diz que compreender a realidade que nos cerca, é estar no exílio. O mundo vomita podridão, está absolutamente perdido no âmago, quando sabemos dos venenos que nos fazem ingerir por... ganância...
Sugiro leitura atenta a partir do ponto 3 (página 7).
Em investigação deste tema como de outros, concluo que consegue ser tóxica a quantidade de desinformação - inútil, aparentemente anódina na sua função excretora, ridícula - que grassa em milhares de blogs, foruns, apenas fúteis apêndices de auto-estima.
Graças a Deus que sei ler línguas além do português, ou a net seria dispensável ou intragável, talvez mesmo execrável. O que quer que nada me ensine, terá morrido imediatamente após a passagem sob os meus olhos.

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