23.3.06

E se fosse connosco?...

O blog de Altino Torres alerta para um caso necessitado de resposta urgente. O miúdo a que se refere poderia ser um dos meus alunos, um qualquer miúdo da minha escola, um dos meus sobrinhos. Não é. Deveria agora dar Graças a Deus?... É ridículo termos de nos imaginar na pele de quem sofre para darmos verdadeira importância a casos como este. Lamento, mas limito-me a esse tipo de incapacidade para ser realmente generosa. Imagino-me na pele de; sofro; igualo-me; ajo... Agirei?...
Notícias destas deixam-me inquieta, com vontade de me meter à estrada, de agir, de levar eu mesma as vítimas de doença(s) ao hospital, de mover céu e terra para que nada fique por tentar. Mas... faço-o, de facto, perdida que me sinto entre tantos afazeres da minha "vida real"?... Como as maiorias, abrando ao nível das boas intenções... Seguro embraiagem, entristecida, mas sigo caminho. Como milhões, vou pensando que não serei eu a fazer a diferença e... acomodo-me.
Quando se trata de crianças ou adolescentes, cada vida é infinitamente preciosa. Pergunto-me muito porquê. E sei a resposta: com trinta e seis, posso dizer que vivi. Com qualquer idade até aos 20, 25, não se viveu, de facto. Ponto final.
Ser mera observadora destes casos agita-me. Há que fazer alguma coisa!
Por algum motivo, alguns são escolhidos para, ao suportarem o terror da morte anunciada (quem aceita de bom grado a morte de uma criança, de um adolescente?), fazerem pensar aqueles que, usufruindo de saúde, se perdem com minudências do dia-a-dia. Sei de quem hoje teve casa inundada, de quem tenha tido acidente rodoviário, de quem recebeu más notícias ou foi perseguido por vizinhança em equilíbrio precário. De alguma forma, as notícias chegam-me...
A notícia de que aqui não se dá conta é, de facto, uma NOTÍCIA. Apenas passo palavra.
É preciso:
2. procurar o contacto da escola no link aqui indicado: está no rodapé da página oficial)...
Pode ser muito útil, um blog, da mesma forma que um acontecimento como este é, seguramente, o pior que pode desabar sobre uma família. Amanhã contactarei a escola referida - onde conheço colegas - e indagarei do caso e de como posso ser útil.
...E o meu leitor? Ficará impassível?...

Sem comentários: